A maioria das pessoas adoram pizza, correto? Pode até dizer ser “viciado” em pizza e há uma razão para isso! AÇÚCAR!
Açúcar é Uma Droga – A pizza é um alimento viciante, devido ao açúcar oculto encontrado nela – muito mais do que um punhado de biscoitos recheados Oreos.
Assim, de forma não menos surpreendentemente, biscoitos, donuts e bolos também são viciantes.
Em um estudo realizado com 504 participantes, descobriu-se que os comportamentos e atitudes em relação a determinados alimentos com alto índice glicêmico refletiram os padrões de dependência química.
“Vários estudos sugerem que alimentos altamente palatáveis e processados podem produzir comportamentos e mudanças nos cérebros iguais aos usados para diagnosticar um vício, como drogas e álcool”,
O açúcar não é bom para nós. Um estudo de 2013 descobriu que a “adição de açúcar encontrada nos alimentos industrializados, cujas concentrações são consideradas seguras, exerce impactos dramáticos sobre a saúde dos mamíferos”, o que fez com que pesquisadores pedissem uma reavaliação desses níveis ditos como seguros de consumo.
O açúcar também contribui para a doença cardiovascular, bem como doenças do fígado, hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade e Alzheimer.
“Quando comemos farinha de trigo e açúcar em alimentos processados, o nível de açúcar no sangue se altera e, em seguida, ocorre a libertação de insulina para lidar com esse desequilíbrio. Esse distúrbio hormonal é o que faz a gordura ficar armazenada na sua barriga e a logo fazê-lo sentir fome de mais doces e junk food ricos em amido”.
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“Caso alguém sinta ser viciado em comida, não há realmente nenhum diagnóstico médico que possa ser dado a essa pessoa”…
A adição ao açúcar tem origem nas profundezas do cérebro: na zona do “circuito de recompensa”, aquela mesma área cerebral onde atuam todas as outras drogas. Como nos tornamos viciados em açúcar?
O Açúcar é Uma Droga -Açúcar é 8 vezes mais viciante do que a cocaína
O açúcar é um pó branco, como a cocaína… A sacarose possui um potencial de adição mais elevado do que a cocaína!
Foram realizadas experiências com ratos que podiam escolher entre uma bebida açucarada e doses crescentes de cocaína.
Pois bem: de 100 ratos testados, 94 preferiam o açúcar. Rapidamente, por causa do seu poder viciante, o açúcar foi comparado a uma droga dura.
A indústria açucareira se manifestou indignada, argumentando que aquelas experiências foram feitas com animais, e não podiam ser aplicadas aos seres humanos.
Mas, logo em seguida, as investigações clínicas se intensificaram e, comprovaram, que também para as pessoas, existe realmente uma síndrome de adição ligada aos alimentos ricos em açúcar.
Um paciente é considerado como dependente de produtos açucarados, ou de outra substância viciante, quando ele apresenta no mínimo dois dos onze critérios básicos de dependência química definidos pelo DSM (Manual de diagnóstico de distúrbios mentais) durante pelo menos um ano.
Então, se um grande número de pessoas afirmaram não conseguir reduzir seu consumo diário de açúcar, embora tenham consciência dos seus efeitos nocivos para a saúde. Este é o critério que serve para todos.
O Vício do Açúcar Engorda
É bem verdade que, hoje, pesquisas mais recentes indicam que o poder de adição do açúcar é menos importante do que os índices avaliados em 2007 na pesquisa com ratos.
Segundo as avaliações mais atuais pesquisas, 5% dos consumidores regulares podem desenvolver uma dependência das delícias açucaradas (o que já é muito importante, em se tratando de um simples alimento), enquanto 20% dos que usam cocaína tornam-se viciados dependentes desta droga e 30% no caso dos cigarros.
Apesar disso, o poder de adição do açúcar aumenta à medida que a pessoa ganha peso.
Estudo recente com mulheres obesas provou que cerca de 25% delas tinham desenvolvido uma relação de dependência ao açúcar!
Você consegue imaginar a dimensão do problema? Só na França, existem entre 7 a 8 milhões de adultos sofrendo de obesidade, e um quarto deles podem estar potencialmente dependente do açúcar, quando na verdade deveriam emagrecer e portanto reduzir o consumo da substância!
Mas qual é a origem desse apetite por alimentos doces?
Como enfrentá-lo? O gosto pelo açúcar é congênito. Com raras exceções, desde muito cedo todos nós gostamos do sabor doce.
Por outro lado, o açúcar tem um efeito apaziguador e anti estressante. Assim sendo, em um mundo angustiante como o nosso, e oferecido em qualquer balcão, em qualquer mesa, ele nos convida facilmente ao consumo.
Por fim, em certas pessoas, a ingestão de açúcares (glicídios, também chamados de carboidratos) leva a um efeito paradoxal: as quedas da glicemia (a taxa de açúcar no sangue) ditas reativas.
Quando o organismo recebe o açúcar, ele produz uma quantidade importante de insulina – um hormônio hipoglicêmico – cujo efeito persiste mesmo depois que a glicemia voltou ao normal. O cérebro não tolera essa hipoglicemia e pede ainda mais açúcar”.
O açúcar ativa o circuito da recompensa
Quanto à predileção pelo açúcar, sua origem se localiza na parte mais profundo do cérebro, naquele lugar onde atuam todas as outras drogas.
O açúcar estimula os neurônios que projetam suas ramificações em direção a uma região particular do cérebro.
Esta é a peça-chave daquilo que chamamos de circuito da recompensa. O açúcar é ativado através de duas maneiras: seja excitando os captadores sensoriais da língua, seja penetrando diretamente no cérebro.
Estimulados, os neurônios secretam a dopamina, uma molécula que assegura a comunicação entre certas células nervosas, e influencia por esse meio as funções comportamentais, tais como o desejo de renovar a experiência de saborear coisas açucaradas.
Quando, ativado por certos estímulos provenientes do meio circundante, o núcleo accumbens fica “dopado” pela dopamina, tais estímulos assumem um valor motivacional.
Assim, quando um homem pré-histórico comia frutas ricas em açúcares descobertas por acaso, ele extraía da experiência um grande prazer.
Essa satisfação, uma vez gravada no seu cérebro, o incitava a reproduzir a experiência para reencontrar essa preciosa fonte de energia.
Este é, em síntese, o circuito da recompensa, um dispositivo de adaptação leva à repetição das experiências que nos são favoráveis.
Problema: esse dispositivo é, hoje, continuamente estimulado por nosso hiper consumo de açúcar, num nível que vai muito além de qualquer necessidade biológica.
Em algumas pessoas, a busca de satisfação se torna mais forte que a razão – que deveria incitar essas pessoas a parar de consumir açúcar em excesso.
Porém o problema é ainda mais agudo em crianças e adolescentes. Com eles é que precisamos agir com prioridade. Para os jovens é difícil compreender que o açúcar – um alimento tão saboroso – possa ser uma droga e ter, a longo prazo, efeitos realmente negativos para a sua saúde.
É preciso, portanto, lhes explicar mais e mais – e também aos seus pais, porque, com demasiada frequência, eles abusam do uso de alimentos açucarados para acalmar seus filhos.
Trata-se de um desafio muito importante, porque sabemos, agora, que quanto mais o sistema de recompensa é solicitado precocemente, mais o limite de satisfação será difícil de se respeitar e a necessidade de consumir açúcar se torna cada vez mais intensa.
Os Perigos do Açúcar dos Alimentos Industrializados
Doze milhões de toneladas. Esse foi o total de açúcar consumido pelos brasileiros entre 2013 e 2014. Para ter ideia do tamanho da gulodice, basta dizer que daria para encher, até a arquibancada superior, 32 estádios do Morumbi, em São Paulo, o segundo maior do Brasil, com capacidade para 77 mil torcedores.
Em um ranking elaborado pela Sucden, multinacional do ramo açucareiro, nosso país ocupa, hoje, o quarto lugar entre os maiores fãs da sacarose, o nome técnico do açúcar.
O abuso, como a ciência não cansa de mostrar, eleva o risco de obesidade e doenças crônicas como diabetes, hipertensão e câncer. Apenas Índia (26 milhões),
Não é proibido consumir açúcar. Pelo contrário. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária. Afinal, ele é uma fonte de energia. O problema está no excesso
De fato, a OMS libera um consumo diário, por pessoa, de 25 gramas, o equivalente a seis colheres de chá. E indica não ultrapassar 50 gramas, ou 12 colheres. Acontece que o brasileiro extrapola. E muito. Engole três vezes mais: 80 gramas, o correspondente a 18 colheres.
Assim, o total de calorias representadas por esse ingrediente, que, de acordo com a OMS, não deveria superar 10% por dia, chega a 16,3%. Isso ajuda a explicar por que a incidência de diabetes saltou, só na última década, 54% entre os homens e 28,5% entre as mulheres.
O Açúcar Escondido em Alguns Alimentos Industrializados
Você sabe dizer quanto de açúcar está “escondido” nos alimentos que você consome? Esta informação pode passar facilmente despercebida na correria do dia a dia ou mesmo não estar clara nos rótulos de certos alimentos que se vendem “saudáveis”, mas contêm alto teor de açúcares.
As próximas imagens de alimentos industrializados, mostram ao lado a quantidade de açúcar que eles possuem, demonstrada por torrões de açúcares, para mostrar o que você está ingerindo ao consumir estes alimentos.
60 gramas de marshmallow da marca Fini tem 41,4 gramas de açúcar, o equivalente a mais de 10 torrões de açúcar.
Nescafé Cappuccino tem em sua composição 50,5% de açúcar.
Biscoitos Oreo têm 39% de açúcar.
Sorvete Fusion do Burger King (190 gramas) tem 50,6 gramas de açúcar, ou seja, 12,6 torrões.
Um alfajor de doce de leite (50 gramas) tem 6,90 torrões de açúcar.
Barrinhas de cereais All-Bran (duas unidades de 40 gramas).
Suco de laranja de garrafa (330 mil) contém 34 gramas de açúcar.
Uma garrafa de isotônico (500 ml) tem 26 gramas de açúcar.
50 gramas do chocolate M&Ms tem o equivalente a 8,35 torrões.
Sorvete Ben & Jerry’s (250ml) contém 60 gramas de açúcar.
Iogurte desnatado Carrefour (150 gramas) tem 6,95 torrões de açúcar.
Iogurte Danone (300ml) contém 35,7 gramas de açúcar.
Uma latinha de Pepsi (330 ml) tem 34,98 gramas de açúcar.
Uma garrafa de 500 ml de Coca-Cola contém 53 gramas de açúcar.
Nutella tem incríveis 56,8% de açúcar.
Duas barrinhas do Kinder Bueno têm 13,4 gramas de açúcar.
Um McFlurry de Oreo do McDonald’s tem o equivalente a 14 torrões de açúcar.
Feijão enlatado tem cerca de 22,5 gramas de açúcar.
Um Nescafé Dolce Gusto Cappuccino (1 cápsula do café + 1 cápsula do creme) tem 16,4 gramas de açúcar, equivalente a 4,1 torrões.
Uma latinha do chá Nestea de limão (330 ml) tem cerca de 25,4 gramas de açúcar.
Uma lata de Red Bull contém cerca de 52 gramas de açúcar, o equivalente a 13 quadradinhos.
Um hambúrguer CBO do McDonald’s tem o equivalente a 3,25 quadradinhos de açúcar.
100 g de guloseimas tem cerca de 56 gramas de açúcar.