Os problemas sexuais são muito comuns, mas muitas vezes somos influenciados por uma imagem exagerada vendida pela mídia. Hoje, já há uma série de soluções para manter a saúde sexual do diabético, mas é preciso haver um diálogo franco com o médico. Nesta seção, queremos incentivar essa conversa.
Saúde Sexual do Diabético – Disfunção Erétil
A disfunção erétil (DE) é definida como incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade sexual.
Apesar de ser muito comum entre a maioria dos homens em algum momento da vida, a disfunção atinge com uma frequência maior as pessoas com diabetes – e pode manifestar-se 5 a 10 anos mais cedo.
Estudos internacionais apontaram que 50% dos homens relatarão algum episódio de nos seis primeiros meses após o diagnóstico de diabetes, o que caracteriza certamente um problema relativo a saúde sexual do diabético
Mesmo assim, a DE pode ser bem controlada em quase todos os homens portadores de problemas relativos a saúde sexual do diabético.
A Idade
De acordo com a Associação Americana de Diabetes, pelo menos a metade dos homens com mais de 50 anos que possuem episódios que dizem respeito a saúde sexual do diabético – o mau controle da glicose, o tabagismo, a pressão alta e o colesterol, sem tratamento além de alterações nas taxas hormonais são fatores de risco. Aliás, os mesmos que aparecem em outras complicações desta seção, não é mesmo?
Saúde Sexual do Diabético – Problemas de Ejaculação
Distúrbios na ejaculação são um problema sexual comum em homens com diabetes, atingindo de 32 a 67% dessa população.
Homens com diabetes que enfrentam essa questão e têm alguma preocupação com a fertilidade devem buscar orientação com os profissionais de saúde capacitados.
Por Que Acontece e o Que Fazer?
O diabetes sem controle causa danos às paredes dos vasos sanguíneos, que afetam a circulação e o fluxo de sangue para o pênis. Além disso, danos aos nervos, como vimos em Neuropatia Diabética podem prejudicar o processo. Em alguns casos, a DE pode ser um efeito colateral de medicamentos utilizados no tratamento do diabetes.
O primeiro passo para chegar a um diagnóstico é contar ao seu médico, que fará algumas perguntas e exames para identificar a causa. Existem vários tratamentos efetivos para a DE, e é importante que os cônjuges participem das discussões sobre as opções de tratamento.
Essas opções incluem medicamentos orais, que aumentam o fluxo sanguíneo para o pênis. Eles podem ser usados de forma segura na maioria dos homens com diabetes, mas não são indicados para homens com algumas condições cardíacas específicas. É importante ter orientação e acompanhamento médico para uso seguro e bem indicados essas medicações.
Há ainda possibilidades como injeções, reposição hormonal, equipamentos mecânicos, implantes e cirurgias, já bem consolidadas na medicina e com bons resultados. Uma parte essencial do tratamento consiste, sempre, em gerenciar a glicemia, a pressão e o colesterol, além de abandonar o cigarro e fazer exercícios regularmente. A saúde sexual é um sinal da sua saúde geral.
Atenção:
Existe uma quantidade enorme de informações sobre problemas de ereção na internet. Mas boa parte delas não é confiável ou é disponibilizada por empresas interessadas em vender produtos, nem sempre aprovados pelos órgãos responsáveis e sem base científica.
Cuidado: essas empresas apostam na crença de que os homens ficam desconfortáveis quando precisam discutir problemas sexuais e terão a ilusão de que podem experimentar os produtos com privacidade, sem ter que expor suas dificuldades.
O autodiagnostico e o auto tratamento, com base nas informações que você lê ou recebe de amigos, pode até prolongar ou piorar o problema.
O ideal é conversar com seu médico ou mesmo com outro membro da equipe multidisciplinar, com quem você se sinta mais à vontade, para que haja uma orientação qualificada.
E as Mulheres?
A disfunção sexual do diabetes também pode afetar as mulheres. Altas taxas de glicose, lesões nos nervos, depressão (veja mais em Saúde Mental) e propensão a infecções genitais são alguns dos fatores que podem afetar a vida sexual da mulher com diabetes.
Fique atenta aos sinais:
- Falta de interesse em sexo;
- Secura vaginal;
- Desconforto durante a relação sexual;
- Dificuldade maior em chegar ao orgasmo.
A melhor forma de prevenção e tratamento é conversar com seu médico, para entender as causas e identificar as melhores medidas. A solução pode ser bem simples, como o uso de um lubrificante, ou demandar um acompanhamento maior. Mas não fique adiando a conversa com o especialista. Nem a sua felicidade.